surveillanceme

de um ‘velho-artista’ a um ‘jovem-promissor’

In 16's, personal ... trainee, the 'old' ones :: master pieces, therefore i am, thinking: i purchase on May 17, 2009 at 10:33 pm

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“Acabo de reler a sua carta e fiquei da mesma forma que da primeira vez:

numa impossibilidade muito grande de responder.

O assunto quando se refere a V. se torna de tal forma grave e ao mesmo tempo tão evasivo que tenho medo de qualquer palavra minha ou mesmo compreensão.

Terei compreendido?

Uma palavra errada poderá ferir muito a sua alma delicada.

E eu não sei.

Aliás é possível que V. tenha escrito a sua última carta num desses momentos de angústia grande

em que a gente precisa mesmo recorrer a algum amigo senão estoura.

Imagino que agora V. já estará mais calmo

embora sempre sofrendo muito as suas indecisões.”

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de meu mestre brasileiro [o primeiro pós-Machado]:

Mário de Andrade

São Paulo, 23 de Janeiro de 1943

:: O Modernista para além de qualquer Antropofagia ::

  1. […] na mesma carta, ele fala da situação do país à época e então retorna às questões pessoais de seu jovem […]