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“Acabo de reler a sua carta e fiquei da mesma forma que da primeira vez:
numa impossibilidade muito grande de responder.
O assunto quando se refere a V. se torna de tal forma grave e ao mesmo tempo tão evasivo que tenho medo de qualquer palavra minha ou mesmo compreensão.
Terei compreendido?
Uma palavra errada poderá ferir muito a sua alma delicada.
E eu não sei.
Aliás é possível que V. tenha escrito a sua última carta num desses momentos de angústia grande
em que a gente precisa mesmo recorrer a algum amigo senão estoura.
Imagino que agora V. já estará mais calmo
embora sempre sofrendo muito as suas indecisões.”
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de meu mestre brasileiro [o primeiro pós-Machado]:
Mário de Andrade
São Paulo, 23 de Janeiro de 1943
:: O Modernista para além de qualquer Antropofagia ::
[…] na mesma carta, ele fala da situação do país à época e então retorna às questões pessoais de seu jovem […]